Seis estudantes conquistaram um lugar no pódio nas competições de xadrez e damas
Os alunos do Colégio Politécnico, mantido pela Fundação Ubaldino do Amaral (FUA), brilharam nas finais dos Jogos Escolares de Sorocaba (JES). Na última segunda-feira (18), seis alunos subiram ao pódio. A categoria masculina conquistou o ouro, tanto por equipes quanto no individual, no xadrez. Enquanto a equipe feminina recebeu medalha de prata pelo desempenho na partida dos jogos de damas.
Embora não tenha sido o seu primeiro torneio, foi a primeira vez do Samuel Gutierres da Paz, de 12 anos, competindo em grupo e no JES. O aluno conheceu o esporte no final do ano passado, em uma visita ao Xadrez Clube Sorocaba. Logo na primeira partida, ele se interessou e, desde então, começou a praticar.
“Muitas pessoas me estimularam, tanto minha família quanto o clube. O próprio colégio oferece um incentivo muito grande para nós e é muito legal, porque normalmente não somos reconhecidos como atletas, é muito difícil”, aponta Samuel. “E participar do JES foi muito legal, uma experiência boa. Jogar em equipe é mais dinâmico do que sozinho”.
O estudante jogou ao lado dos seus colegas, Vitor Gabriel da Cruz e Théo Andreas Alvarado Oliveira, que também competiu na categoria individual e alcançou o primeiro lugar do pódio. Com duas medalhas douradas, também analisa a participação nos Jogos Escolares de Sorocaba como boa. “O xadrez é um passatempo muito saudável para nós, estudantes. O esporte traz muitas experiências, novos amigos e aprendizados, por exemplo, ter disciplina e não ter pressa”, cita Théo. “Para jogar, é preciso ter calma, porque às vezes ao mexer uma peça, penduramos a outra”.
O aluno começou a praticar em julho de 2023, com um único objetivo em mente: vencer o pai em uma partida de xadrez. Desta forma, Théo estudou bastante sobre o tabuleiro quadriculado e suas 32 peças para alcançar o objetivo. E, assim como Samuel, ele também se tornou um participante ativo do clube.
Damas
A medalha de prata pendurada no pescoço da aluna Júlia Santos Ribeiro, de 12 anos, marca tanto a sua primeira conquista em um torneio quanto a sua primeira participação nos Jogos Escolares de Sorocaba. O gosto por jogos está presente em toda sua família, principalmente em seu pai.
“Ele que me incentivou e me ensinou a jogar damas. Em casa, nós brincamos e nos divertimos bastante”, conta Júlia. “E os benefícios são ótimos. Jogando, eu adquiri mais foco, agilidade, paciência, afinal, trabalhamos o cérebro. Eu me dediquei bastante para o JES, então, ganhar foi uma sensação muito boa, fiquei feliz”.
A aluna dividiu a partida com duas colegas, Manuela Delfim Oliveira e Natália Dério Martins Prado.
Benefícios
O professor de educação física, Arthur Augusto Paes de Moraes, acompanhou a trajetória dos alunos nos Jogos Escolares de Sorocaba. No Poli, os jogos de tabuleiro são utilizados como uma unidade temática em sala de aula e, durante o intervalo, partidas são incentivadas. Para ele, as atividades são extremamente enriquecedoras.
“Essas atividades ajudam a desenvolver habilidades essenciais, como raciocínio lógico, planejamento, o pensar antes de agir, a capacidade de prever consequências, paciência, concentração, além de melhorar o foco e o autocontrole dos alunos”, cita o docente. “E a dinâmica do JES incentiva a participação de todos os alunos, oferecendo oportunidades iguais e estimulando o espírito esportivo”.
Além disso, as modalidades permitem conexões com outras disciplinas. Segundo Arthur, é possível explorar cálculos matemáticos de movimentos e padrões geométricos presentes no tabuleiro. Já em história, os alunos discutem a origem dos jogos e suas influências culturais, promovendo uma análise rica e contextualizada.
“Essa abordagem promove uma vivência variada e desperta o interesse dos alunos por esse universo estratégico e desafiador”, conclui o professor. (Beatriz Falcão)