Muito mais do que uma simples e comum feira de ciências ou apresentação de trabalhos realizados ao longo de um semestre. O Poli Cultural é um evento em que a criatividade, o compartilhamento de ideias e conhecimento com a participação integral dos alunos ganham destaque. A iniciativa, promovida pelo Colégio Politécnico — mantido pela Fundação Ubaldino do Amaral (FUA) – teve sua quarta edição realizada ontem (7), nas duas unidades: Centro e Alto da Boa Vista.
Antes de expor os trabalhos, os estudantes, juntamente com os professores pensaram em um tema já estudado em sala de aula para apresentar aos familiares, amigos e público que estiveram presentes. A preparação durou algumas semanas e contou a “mão na massa” de todos.
“Desde a fase de preparação, eles são incentivados a explorar a criatividade e o protagonismo e, assim, buscar soluções originais para apresentar seus conhecimentos de forma inesquecível aos seus familiares e convidados”, salientou a diretora do Politécnico, Luciane Durigan. “Chamamos de Poli Cultural porque é uma mistura de atividades realizadas durante o ano dentro de cada conteúdo pedagógico de acordo com o segmento de ensino”, complementou a responsável.
Nas duas unidades do colégio, todos os espaços possíveis estavam decorados de maneira lúdica e colorida. Ao entrar na unidade 2, no Alto da Boa Vista, um corredor com trabalhos dos alunos do ensino infantil puderam ser apreciados. Entre os itens, alguns feitos de materiais recicláveis, muitas representações de animais, como borboletas e lagartas.
Temas variados
Ao percorrer os corredores da escola, cada sala apresentou um tema diferente. O do terceiro ano, por exemplo, apostou no tema “Diversidade dos seres vivos”. O mais interessante é que os animais e os cenários que representavam seus habitats, na grande maioria, foram feitos utilizado material reciclável recolhido com a ajuda dos próprios alunos e familiares.
Em outras salas foi possível acompanhar jogos, desafios e brincadeiras acerca do assunto elencado e de acordo com a idade dos estudantes. Alguns foram sobre curiosidades geográficas, jogos matemáticos, turismo mundial, literatura de cordel, ciências e cultura africana.
Apesar de alguns alunos ficarem em seus postos para explicar os trabalhos aos convidados, muitos prestigiaram os colegas também. Para os famílias que estiveram no evento, a felicidade foi imensa.
Pela primeira vez, Gisele Casagrande compareceu ao Poli Cultural. Mãe da Marina e Isabela, do 5° e 7° ano, respectivamente, disse que adorou a iniciativa. “São vários assuntos abordados de maneira dinâmica e a gente vê que os alunos realmente estão por dentro do tema e a gente aprende junto também”, comentou.
“É um dia para as famílias também. Importante trazê-los nesse tipo de evento por que a escola é uma extensão da família. Ficamos felizes de ver as famílias alegres por estar aqui”, comentou Hélio Sola Aro, presidente do Conselho de Administração da FUA.
Enquanto Marina Casagrande, de 11 anos, apresentou sobre ciências e a pirâmide alimentar, sua irmã Isabela, de 12 anos, mergulhou no mundo da “Fantástica Fábrica de Chocolate”. “Nós assistimos ao filme e decidimos retratar algumas coisas, como pesos e medidas. Apesar de não ser uma matéria em si, aprendi um pouco de inglês e sobre moralidade e respeito para com as pessoas”, analisou a estudante do 7° ano.
“Tudo isso é importante para que os alunos possam desenvolver o aprendizado do trabalho em equipe e se expressar de maneira correta para o público. Essas são características que, se adquiridas já, serão usadas na vida inteira”, disse o presidente do Conselho Superior da FUA, Marco Aurélio Laham Dottore.
Para embalar a festa, foi disponibilizado um espaço para que as habilidades artísticas dos alunos, especificamente musicais, fossem exploradas. Esse foi o Show de Talentos.
Segundo os organizadores do Poli Cultural, cerca de três mil pessoas estiveram nas duas unidades do Colégio Politécnico ontem. (Thaís Marcolino)