O sistema é composto por 960 painéis, com estimativa de geração de 52.000 kWh/mês; essa é uma fonte de geração limpa, sem produção de resíduos e poluentes
Existem questões urgentes que devem ser discutidas dentro e fora de sala de aula. A melhor utilização de recursos naturais é uma delas, além da economia.
A novidade é que a energia solar agora é um benefício que é aproveitado por toda a comunidade escolar da Unidade do Alto da Boa Vista, do Colégio Politécnico, mantido pela Fundação Ubaldino do Amaral (FUA).
Isso faz parte de um processo de modernização constante das instalações e equipamentos, além dos investimentos realizados para atender os alunos com excelência, nas duas unidades. Na Unidade Centro, por exemplo, estão sendo realizados estudos, e, em breve, serão realizadas mais melhorias. Sobre a instalação do sistema de energia solar, as imagens mostram a grandiosidade da instalação dos painéis solares, colocados no alto do complexo, que inclui as instalações do colégio. O sistema, que abastece o Poli, é composto de 960 painéis solares de 460w, cada um, e quatro inversores de 75 kW. O conjunto tem potência de 441,60 kWp, com estimativa de geração de 52.000 kWh/mês.
A empresa RM Aquecedores foi a responsável pelo serviço que levou aproximadamente quatro meses para a instalação, além dos onze meses necessários para a aprovação junto a companhia de energia elétrica. Segundo o proprietário, Fábio Miragaia, o sistema entrou em funcionamento no final de outubro do ano passado. “O tempo para aprovação do projeto se deu devido à potência instalada, foi necessário alterar a capacidade da demanda contratada e fazer algumas alterações na cabine primária para que a instalação estivesse apta a receber a energia gerada pelo sistema de energia fotovoltaica”, explica. O sistema de energia fotovoltaica é composto por painéis solares e inversores, que tem a finalidade de transformar a luz solar em energia elétrica.
Funcionamento
Mas como é o funcionamento desse sistema que utiliza o sol como fonte de energia? Segundo Miragaia, os painéis solares captam a luz solar gerando energia elétrica em corrente continua. Eles estão ligados a equipamentos, chamados de inversores, que recebem dos painéis solares a energia em corrente continua e a transformam em corrente alternada, distribuindo a energia para o Colégio Politécnico, o Jornal Cruzeiro do Sul e também a Rádio Cruzeiro FM 92,3. “Todos os equipamentos elétricos são alimentados por esse sistema, já o excedente da energia gerada volta para a rede elétrica, gerando créditos junto a concessionária, nesse caso a Companhia Piratininga de Força e Luz (CPFL), para que seja utilizado durante os períodos sem ou com pouca incidência de luz solar”, detalha o empresário.
Compromisso ambiental
Mais do que ensinar sobre preservação do meio ambiente, a opção pela energia solar revela o compromisso de aliar ensino e prática. Afinal, é fundamental a contribuição de todos com formas sustentáveis do uso dos recursos naturais, diminuindo a produção de poluentes e resíduos.
A economia, para quem opta por esse sistema, segundo os especialistas, pode chegar até 90%.
Além disso, como a luz solar é o que faz o sistema funcionar, essa fonte é sustentável, pois é natural, com produção ou reposição sem prejuízo para o ecossistema: não se esgota e por isso não tem uma data limite para o aproveitamento.
E, em tempos onde se destacam as altas temperaturas, é muito melhor a produção de energia sem resíduos ou poluentes atmosféricos como óxidos de nitrogênio (NOx), dióxido de carbono (CO2) e dióxido de enxofre (SO2), prejudiciais à saúde e ao meio ambiente. A energia solar não produz ruídos e também não prejudica a fauna e flora local. É por isso, que é considerada uma fonte limpa de energia.
De acordo com o Ministério das Minas e Energia, o ano de 2023 apresentou o maior aumento da geração solar. O que também é constatado em levantamento da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar) que apontou que no período o país superou a marca de 2 milhões de sistemas solares fotovoltaícos instalados em telhados, fachadas e pequenos terrenos. (Denise Rocha)