Escola como laboratório de ideias

No Poli, projetos inspiram, transformam e conectam saberes em todas as etapas da educação

Em um cenário educacional em constante evolução, a escola se consolida como um espaço dinâmico de experimentação, criação e protagonismo estudantil. Com este olhar, o Colégio Politécnico de Sorocaba, mantido pela Fundação Ubaldino do Amaral, apresenta propostas que valorizem e proporcionam projetos criativos, científicos, artísticos e sociais desenvolvidos por alunos e professores de todos os segmentos da instituição.

“Muito além do currículo tradicional, as experiências apresentadas refletem o compromisso da escola com uma educação significativa, plural e profundamente conectada aos desafios e às demandas do mundo contemporâneo. Aqui, cada ideia é uma semente de transformação, cada iniciativa um passo na construção de um futuro mais consciente, sensível e inovador”, afirma a diretora do Politécnico, Luciane Cristina Durigan.

Conforme ela, os propósitos da unidade de ensino são claros: estimular o pensamento crítico e criativo por meio de práticas interdisciplinares; fomentar o protagonismo estudantil, promovendo autonomia, responsabilidade e colaboração; valorizar a diversidade de talentos e saberes, integrando arte, ciência e ação social e, acima de tudo, criar pontes entre teoria e prática, conectando o conhecimento escolar à vida real. “Desta forma, fortalecemos os vínculos entre escola, comunidade e sociedade, por meio de ações que geram impacto positivo e duradouro”, acrescenta.

Mosaico de ideias e iniciativas

Nos diferentes segmentos da educação infantil ao ensino médio, os projetos revelam a potência de uma escola que acredita no fazer, no experimentar e no transformar como ferramentas essenciais para o aprender. Luciane conta que, na educação infantil, a abordagem por projetos tem como principal objetivo promover uma aprendizagem significativa, lúdica e investigativa, respeitando a curiosidade natural da criança e incentivando o desenvolvimento de múltiplas habilidades desde os primeiros anos de vida escolar.

“A ludicidade e o encantamento guiaram propostas sensoriais, nas quais as crianças exploraram cores, cheiros, sons e texturas como verdadeiros cientistas em descoberta do mundo. Com criatividade e entusiasmo, mergulham em projetos ao longo do ano letivo sobre culinária, arte, alfabeto, coordenação motora, estações do ano, livros paradidáticos e datas comemorativas, sempre por meio do brincar, da interação e da escuta ativa”, salienta.

No ensino fundamental I, as iniciativas dialogaram com a sustentabilidade, com a empatia e com a cidadania. A preocupação com o outro e com o meio ambiente esteve presente em cada detalhe, estimulando a responsabilidade coletiva e o pensamento consciente.

Assim, os alunos do 3º ano, sob a orientação da professora Laura, desenvolveram um projeto prático e interdisciplinar que envolveu a montagem de um mercado em sala de aula. “A proposta teve como objetivo reforçar conteúdos de matemática de forma lúdica e concreta, possibilitando que os alunos aplicassem seus conhecimentos em situações do cotidiano”, comenta a diretora Luciane. “Além disso, a atividade contribuiu para o desenvolvimento de habilidades como planejamento, organização, expressão oral e cooperação.”

Em outro momento, os alunos do 5º ano C, da professora Cátia, realizaram um projeto incrível sobre os patrimônios da humanidade no Brasil. Durante aulas e pesquisas, eles exploraram diferentes sítios e monumentos que foram reconhecidos pela Unesco devido à sua importância cultural, histórica e natural.

“Cada grupo de alunos se dedicou a estudar um patrimônio específico, buscando informações sobre a história, as características e o impacto desses locais para a cultura brasileira e mundial”, conta Luciane. “Além de aprender sobre as belezas e as riquezas do nosso país, os alunos também compreenderam a relevância desses patrimônios para a preservação da memória e da identidade nacional.”

A diretora do Colégio Politécnico destaca que o projeto permitiu que os estudantes entendessem a importância da conservação desses patrimônios para que as futuras gerações também possam conhecê-los e valorizá-los. “Além disso, o trabalho estimulou o interesse pela história, pela cultura e pelo meio ambiente, promovendo uma reflexão sobre o papel de cada um na preservação do nosso legado cultural”, observa. “Foi uma experiência enriquecedora que uniu aprendizado, criatividade e cidadania e que, com certeza, ficará marcada na memória de todos os envolvidos.”

Feiras científicas

No ensino fundamental II, os projetos ganharam novos contornos e desafios. Os alunos participaram de feiras científicas, criaram aplicativos, desenvolveram protótipos de robótica, realizaram experimentos em laboratório e se engajaram em discussões sobre temas atuais e relevantes.

Em um dos projetos, os alunos desenvolveram maquetes a partir da leitura dos livros paradidáticos e elaboraram roteiros teatrais e esquetes de importantes obras literárias e artísticas. Nas artes visuais, criaram figuras abstratas com técnicas de desenho e colagens. “Gosto de trabalhar atividades diferenciadas, como trabalhei com os 6º anos com o projeto de apresentação das maquetes da cena do livro. E com as turmas dos 7º anos a torta na cara literária foi de muito aprendizado”, conta a professora de português Francine Natália Rodrigues de Carvalho Tirabassi.

Saúde mental

No ensino médio, o protagonismo estudantil se ampliou de maneira notável. Os alunos idealizaram projetos voltados à saúde mental, educação financeira, inclusão digital, sustentabilidade e empreendedorismo jovem. As ações demonstraram não apenas talento e sensibilidade, mas também consciência social e um forte senso de propósito.

Um exemplo deste trabalho é a OBAFOG, uma olimpíada de lançamento de foguetes de garrafa pet, idealizada pelos alunos do ensino médio, que já está nos preparativos para a edição deste ano. Feitos a partir de garrafa pet e usando conceitos de física e de química os foguetes, em breve, serão lançados por meio da reação entre vinagre e bicarbonato, oportunidade para relacionar os conceitos na prática.

“Nesta jornada de descobertas e realizações, a escola se torna um espaço vivo, pulsante e afetivo. Um lugar onde sonhos se tornam ação, ideias se concretizam em projetos e onde projetos se convertem em experiências de aprendizagem com significado. Porque acreditar na educação é, acima de tudo, acreditar nas ideias que nascem dentro dela”, finaliza Luciane Cristina Durigan. (Gabrielle Pustiglione)

Na educação infantil ou no ensino médio, projetos revelam a potência de uma escola que acredita no fazer – Crédito: DIVULGAÇÃO
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