A diversificação das estratégias didáticas é um aspecto fundamental para atender às necessidades de desenvolvimento dos adolescentes, que estão vivendo uma fase de intensas transformações físicas, cognitivas e emocionais
Todo início de ano letivo requer adaptação, seja por mudança de professor, de amigos, de turno ou mesmo de escola. Pensando em aulas dinâmicas e estratégicas, as professoras de português, Elisângela de Souza Pires e Verônica Lopes de Camargo, do Colégio Politécnico de Sorocaba, mantido pela Fundação Ubaldino do Amaral (FUA), compartilharam com os alunos do 6º ano e 8º ano do Ensino Fundamental aulas estratégicas didáticas e experimentos na primeira semana de aula.
A professora Verônica Lopes da Silva contou sobre a proposta da aula proposta aos alunos do 8º ano C. “Os alunos escreveram palavras positivas e as colocaram na ‘caixa de bondade’. Cada aluno retirou dois papéis e entregou ao colega que acreditava ter a qualidade que estava escrita. O propósito era despertar o olhar para o outro”, explicou a professora.
“Eu acho essas atividades muito divertidas, elas deixam nosso dia melhor e é sempre bom receber elogios, ainda mais de nossos queridos amigos”, disse o aluno Luahn Matheus Bertin Prado.
A professora Elisângela de Souza Pires apresentou aos alunos uma dinâmica diferente. “Com o intuito de tornar a aula mais interativa, apliquei uma atividade de perguntas, para treinar a entoação, que gerou a colaboração e interação de todos os estudantes”, contou a professora.
A aluna Millena Fernanda Camargo Dias achou a dinâmica bem divertida. “A estratégia era cada aluno tirar uma pergunta de uma caixinha e outro tinha que responder. Foi bem legal a dinâmica, pois todos os colegas puderam participar e a professora pode conhecer um pouco mais sobre os alunos e o que fizeram nas férias”, salientou Millena.
O aluno do 6º ano, João Pedro Santos Oliveira, também comentou sobre a aula proposta pela professora Elisângela. “As aulas interativas e dinâmicas ajudam muito no aprendizado, muito melhor do que ficar focado somente no quadro”, enfatizou João Pedro.
Estratégias de ensino-aprendizagem
A diversificação das estratégias didáticas é um aspecto fundamental para atender às necessidades de desenvolvimento dos adolescentes, que estão vivendo uma fase de intensas transformações físicas, cognitivas e emocionais. Nesse contexto, o uso de abordagens variadas torna-se uma ferramenta poderosa. Através de atividades práticas, projetos interativos, debates, jogos cooperativos, estudos de caso e experiências científicas, os alunos têm a oportunidade de vivenciar o conteúdo de maneira mais dinâmica e envolvente. Isso não só favorece a aprendizagem científica, estimulando a exploração ativa de conceitos, como também proporciona momentos de reflexão e interação, essenciais para o desenvolvimento das competências socioemocionais.
As habilidades científicas, como a capacidade de investigar, observar, analisar e questionar são fundamentais para o pensamento crítico e a formação de cidadãos conscientes e preparados para os desafios do mundo contemporâneo. Ao realizar atividades práticas, projetos interdisciplinares e experimentos, os adolescentes conseguem desenvolver essas habilidades de maneira mais ativa, estimulando sua curiosidade, criatividade e capacidade de resolução de problemas.
Além disso, as atividades diversificadas também desempenham um papel crucial no desenvolvimento das competências socioemocionais, tão importantes na formação integral do indivíduo. Durante a adolescência, os jovens enfrentam questões de identidade, relacionamentos interpessoais, empatia e autorregulação emocional. Ao participar de atividades que envolvem trabalho em equipe, debates, jogos cooperativos e projetos colaborativos, os adolescentes aprendem a lidar com suas emoções, a respeitar a diversidade e a desenvolver habilidades de comunicação, colaboração e resolução de conflitos.
Quando a escola consegue integrar essas duas dimensões — científica e socioemocional — em suas práticas pedagógicas, ela cria um ambiente de aprendizagem mais completo e significativo.
Dessa forma, enquanto os alunos desenvolvem suas competências acadêmicas, também adquirem ferramentas para lidar com as complexidades das relações sociais e emocionais, o que é essencial tanto para a vida pessoal quanto profissional. (Gabrielle Pustiglione)
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