Atividade acontece hoje (19) nas unidades Centro e Alto da Boa Vista do Politécnico
Criatividade, inovação e muito conhecimento preenchem as duas unidades, Centro e Alto da Boa Vista, do Colégio Politécnico neste sábado (19), com o Poli Cultural. Muito mais do que uma simples feira de ciência, o evento explora aspectos culturais, tecnológicos e sociais, desenvolvidos e estudados pelos alunos ao longo do ano.
O fantástico mundo de “Alice no País das Maravilhas”, por exemplo, foi materializado nas salas de aulas pelos estudantes do 6º ano. Inspirados pelas aulas de inglês, matemática e história, Juan Souza de Oliveira, de 12 anos, e o seu grupo criaram uma experiência imersiva com a construção de um holograma.
“A proposta é conectar as pessoas com o universo da Alice. Portanto, nós fizemos uma caixa revestida com placas de EVA pretas e um plástico transparente de 45º de inclinação, onde é possível colocar o celular com o vídeo das cenas do filme. É bem legal”, conta o aluno entusiasmado.
Já a parte filosófica do filme é abordada de forma lúdica e divertida com o Kahoot, um aplicativo de perguntas e respostas. “Neste momento, as pessoas são convidadas a pensar nos rumos em que o longa poderia seguir. O que aconteceria se a Alice não vencesse a guerra? E se ela não encontrasse o coelho?”, explica Juan.
Apesar de ter participado das edições anteriores do Poli Cultural, é a primeira vez do estudante à frente de um projeto. Do seu ponto de vista, apesar de desafiador, o trabalho em grupo foi o maior aprendizado do projeto, bem como a lidar com os seus altos e baixos.
Para a coordenadora pedagógica Ana Paula Pena, responsável pelo Ensino Fundamental II, o evento é um trabalho coletivo, onde professores, alunos, gestores e a direção se dedicam por meses para oferecer uma exposição memorável. “O mais especial é que os alunos são os protagonistas de todo o processo. Eles, com muita criatividade e dedicação, produzem cada aspecto da exposição. Isso significa que o Poli Cultural reflete realmente a essência das nossas crianças”, aponta.
Música e Apresentações
A aluna do 9º ano, Gabriela Bonilha Mandes, de 15 anos, aprendeu mais sobre musicalidade e sustentabilidade com o desenvolvimento de um xilofone a partir de garrafas de vidro. O projeto foi definido após muita pesquisa e, com os resultados em mãos, o grupo entendeu que não precisa, necessariamente, comprar algo para se divertir.
“Nós colocamos quantidades diferentes de água em cada garrafa e, ao tocar, cada uma emite um som diferente. Foi uma experiência muito legal e divertida”, relata Gabriela.
A música também está presente no projeto dos alunos do 5º ano, e é o assunto favorito de Raí Mariano Simão, de 11 anos. Durante todo o ano, eles exploraram a criatividade e aprenderam mais sobre o tema com aulas teóricas. Na sala de aula, professores especializados e até mesmo músicos ensinaram sobre partituras, ritmo e carreira.
“Nós recebemos a tarefa de construir instrumentos com objetos que tínhamos em casa, eu fiz um chocalho com copos de aniversário”, conta o estudante. “Além disso, eu toco violão há um ano e farei uma apresentação no Poli Cultural. Apesar do nervosismo, estou muito animado”.
Conhecimentos para além da sala de aula
O Poli Cultural valoriza não somente o conteúdo acadêmico, mas também o desenvolvimento de competências essenciais para a vida em sociedade e cidadãos mais conscientes. Portanto, a escolha dos temas por série reforça o engajamento dos alunos em áreas que despertam curiosidade e exploram diversos campos do conhecimento.
A aluna do 8º ano, Lívia Miranda Nascimento, de 14 anos, se considera uma pessoa mais grata e humanitária após aprender sobre os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), as 17 metas globais estabelecidas pela Assembleia Geral das Nações Unidas. Com base no novo conhecimento, ela e o seu grupo criaram um país fictício, a Ostânia. Nesta pátria, os habitantes se importam com a saúde, energia limpa e educação.
“Embora no Brasil existam muitas coisas para serem melhoradas, nós percebemos que somos privilegiados, alguns países estão passando por situações muito mais difíceis”, aponta a estudante. “Por uma experiência pessoal, eu adorei a temática, até porque pretendo me formar em relações internacionais. Acredito que, muito mais como aluna, o assunto me ajudou bastante como pessoa”, comenta Lívia. (Beatriz Falcão)